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Sobe para oito número de mortos em desabamento de Capitólio

O corpo de um homem foi encontrado na manhã deste domingo e duas pessoas ainda estão desaparecidas. Mergulhadores seguem no trabalho de busca



Da Redação RBA, 09 de Janeiro 2022 


São Paulo – Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgadas neste domingo (9), subiu para oito o número de mortos no desabamento de rochas de um cânion no Lago de Furnas, na cidade de Capitólio. O corpo de um homem foi encontrado pela manhã e duas pessoas ainda estão desaparecidas. Os mergulhadores seguem realizando as atividades de buscas.

Em entrevista coletiva concedida hoje, o delegado regional de Passos, Marcos de Souza Pimenta, afirmou que os oito corpos das vítimas já foram identificados, mas apenas um, Julio Borges Antunes, de 68 anos, natural de Alpinópolis (MG), foi reconhecido formalmente e liberado para que possa ser velado pelos parentes. Ele estava na lancha chamada de “Jesus”, embarcação que tinha dez pessoas no momento da tragédia. Os quatro pacientes que foram hospitalizados após o deslizamento estão estáveis.

Segundo o delegado, entre as vítimas estaria uma família com marido, esposa, filho e o neto, os dois últimos, de 37 e 14 anos, ainda estão desaparecidos. Foi criado um grupo de acolhimento via WhatsApp com todos os familiares de desaparecidos. “Estamos trocando informações, angariando características dessas pessoas, e toda e qualquer informação que a Polícia Judiciária vai passar, antes nós passamos com cautela e reserva aos familiares”, pontuou o delegado.

O desabamento ocorreu na manhã de sábado (8) e não havia nenhuma placa indicando riscos no local. Os bombeiros desconfiam que o deslizamento tenha ocorrido após uma tromba d’água. Na manhã de ontem, a Defesa Civil do Estado de Minas Gerais havia emitido alerta para chuvas intensas na região do desastre.

Tragédia anunciada

Em março de 2012, o médico Flávio Freitas, que passeava de barco em Capitólio, fotografou a fenda de parte do cânion que desabou ontem. “Ela me chamou a atenção pelo tamanho, extensão. Eu tirei uma foto e comentei: ‘essa pedra vai cair'”, lembra ele em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. À época, o médico fez uma postagem em sua conta do Facebook, que viralizou ontem ao ser tornada pública.



O engenheiro geotécnico Paulo Afonso, em entrevista à BandNews TV, afirmou que foto sugere que o local deveria ter sido interditado para não receber turistas.

“Essa trinca está muito grande. Podemos comparar com esse senhor que aparece embaixo e observar que a largura é maior do que a espessura de uma pessoa. Podemos falar grosseiramente em mais de 30 cm”, explicou, analisando a imagem. “É uma evidência, um sinal iminente de tombamento do bloco. Com uma trinca dessa magnitude ninguém poderia estar ali embaixo.”

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