Da Redação Resumen Latinoamericano, | 30 de Dezembro de 2021
Por Brasil de Fato
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Cianeto que contaminou a região é usado na mineração de ouro - SEMA/Amapá
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) do Amapá informou nesta quarta-feira (29) que multou a mineradora Mina Tucano, subsidiária da canadense Great Panther, em R$ 50 milhões por contaminar com cianeto de mercúrio dois riachos e causar a morte de um grande número de peixes.
Segundo a SEMA, a multa foi aplicada no dia 21 de dezembro por contaminação de dois córregos no município de Pedra Branca do Amaparí, a 200 quilômetros de Macapá.
A Tucano Mine é especializada em ouro e é subsidiária da Great Panther Mining Limited, com sede em Vancouver, Canadá, e também possui operações no México e Peru.
De acordo com o relatório técnico do órgão ambiental do Amapá, houve contaminação devido ao lançamento de líquidos industriais em águas naturais, o que resultou na alteração da qualidade da água e na morte de peixes.
“Após a coleta e análise minuciosa constatou-se que os corpos hídricos do Igarapé Silvestre e Igarapé Areia sofreram intervenções expressivas que resultaram na ocorrência de dano ambiental, com consequentes impactos ambientais negativos nos meios físicos, bióticos e socioeconômicos, indicados pela perda significativa da fauna aquática e profundas alterações físico-químicas”, destacou a secretária de estado do meio ambiente, Josiane Ferreira.
Foram realizados três autos de infração distintos: um após a constatação de que a empresa causou a morte de peixes e outros animais, que resultou em uma multa de R$ 45 milhões. A segunda autuação resultou em multa de R$ 2 milhões por descumprimento do pedido de informações da Secretaria e a não resposta dentro do prazo.
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O terceiro auto de infração, com multa de R$ 3 milhões, é resultado do pelo descumprimento de uma das condições da licença, referente a sinistros na área do empreendimento e a obrigatoriedade de denúncia imediata.
Este é o maior crime ambiental registrado no Amapá nos últimos anos. O órgão ambiental informou que a fiscalização da empresa será intensificada a partir de agora já que a Mina Tucano se comportava com responsabilidade ambiental até o incidente ser registrado.
* Com informações de Telesur.
Mina Tucano anuncia defesa contra autos de infração no Amapá
ResponderExcluirPedra Branca do Amapari, AP, 30/12/2021 – A Great Panther Mining Limited anunciou nesta quinta-feira (30/12/2021) que pretende apresentar defesa a três autos de infração que foram entregues pela Agência Estadual do Meio Ambiente do Amapá à sua subsidiária brasileira, Mina Tucano Ltda., em 21 de dezembro de 2021. Os autos foram emitidos em conexão com a investigação da agência sobre um evento de mortandade de peixes nos riachos da Areia e Silvestre, e sua afirmação de que o incidente foi causado por um vazamento em uma tubulação de água recuperada na Mina Tucano.
A Mina Tucano está investigando ativamente se poderia haver alguma conexão entre o evento de mortandade de peixes e suas instalações. Com base em sua investigação inicial, incluindo relatórios independentes sobre toxicologia de peixes e qualidade da água recebidos pela Mina Tucano em 28 de dezembro de 2021, a Companhia preparou uma defesa formal contra a posição da agência.
Os autos impõem multas agregadas de R$ 50 milhões, pagáveis até 30 de janeiro de 2022. A Companhia pretende recorrer do valor das multas e do prazo de qualquer pagamento em suas declarações de defesa.
SOBRE A GREAT PANTHER
A Great Panther é uma produtora de ouro e prata com foco nas Américas. A empresa possui um portfólio diversificado de ativos no Brasil, México e Peru que inclui três minas de ouro e prata em operação e um projeto de desenvolvimento avançado.
A Great Panther está focada na criação de valor de longo prazo por meio da produção segura e sustentável, reinvestindo na exploração e buscando oportunidades de aquisição para complementar seu portfólio existente.
Sua operação, no Brasil, a Mina Tucano, localiza-se na cidade de Pedra Branca do Amapari, estado do Amapá, dedicada à produção de ouro.