Da Carta Capital, 19 DE JULHO DE 2019
Por ANA LUIZA BASILIO
Falta de apoio do presidente Jair Bolsonaro é um dos motivos para o encerramento, segundo o fundador Miguel Nagib
O movimento Escola sem Partido anunciou o fim de suas atividades a partir do dia 1º de agosto. A informação foi dada pelo criador do movimento, Miguel Nagib, que declarou esperar mais apoio do presidente Jair Bolsonaro. No Facebook, o movimento declara que, a partir do encerramento, denúncias, pedidos de socorro e orientação deverão ser dirigidos ao MEC, secretarias de educação, Ministério Público e políticos que se elegeram a partir da bandeira.
Nagib falou sobre os porquês da decisão também em um post nas redes sociais e relatou acúmulo de funções e sufocamento financeiro. “Quem produz o conteúdo, cuida das páginas, lê e responde e-mails, escuta os áudios, edita os vídeos, analisa o material didático que nos é enviado; redige petições, denúncias e pareceres; orienta os estudantes, pais e políticos, dá palestras e entrevistas, sou eu. Além disso, sou eu que pago todas as despesas relacionadas à nossa associação, às nossas páginas e aos eventos realizados em Brasília. Se necessário, pago também as minhas passagens e hospedagens quando sou convidado para dar uma palestra fora de Brasília. Não cobro para dar palestras (só fiz isso duas vezes). Se somarmos todas as doações em dinheiro e material (como camisetas, por exemplo) recebidas pelo ESP nos últimos 15 anos, o valor não chega a R$ 10 mil”, declarou.
Ele também relatou “frustração” em relação ao tema ter sumido das atuais propostas presidenciais. Nagib comenta que o presidente Jair Bolsonaro não mais tocou no assunto depois de eleito e que as tentativas de pautar o movimento com o ministro Abraham Weintraub também não tiveram sucesso. A continuidade do projeto, coloca, dependeria de apoio político, mas também de financiamento.
O movimento foi criado em 2004 e disseminado pelo País a partir de uma agenda que propunha combater a doutrinação ideológica nas escolas brasileiras. No ano passado, o projeto que tramitava na Câmara dos Deputados foi travado e arquivado, o que faria com que o trâmite tivesse que ser reiniciado este ano. Especialistas entendem que o ocorrido foi fundamental para desarticular a bandeira do movimento.
O parecer do relator, o deputado Flavinho (PSC) estabelecia que o poder público não se intrometeria no processo de amadurecimento sexual dos alunos, nem permitiria qualquer forma de “dogmatismo” ou “tentativa de conversão na abordagem das questões de gênero”. Ainda estabelecia seis deveres aos professores, que deviam ser fixados em cartazes em todas as salas de aula do Ensino Fundamental e Médio do País.
Embora positiva, a desarticulação anunciada pelo movimento é vista com ponderações pelo movimento Professores Contra o Escola sem Partido, que tem à frente o professor da Universidade Fluminense (UFF), Fernando Penna. O especialista entende que o fim do programa enquanto organização ou projeto de lei não suspende o discurso que o embasou na sociedade e que, em sua análise, “continua firme e forte”.
“A verdade é que os interesses que os entusiastas e criadores do Escola Sem Partido ajudaram a consolidar não precisam mais deles, logo, Nagib e cia estão sendo descartados. Isso não significa que o legado que eles deixaram se encerra aqui, infelizmente. O Escola Sem Partido continua e continuará a fazer muito estrago. Por isso que até relutamos em divulgar isso como uma espécie de vitória, porque não é. As disputas por uma educação democrática, pública, plural e inclusiva continua e nós continuamos juntos e em frente”, declarou em uma publicação da página.
Grupo de Pesquisa Sul-Sur
Este grupo se insere numa das linhas de pesquisa do LABMUNDO-BA/NPGA/EA/UFBA, Laboratório de Análise Política Mundial, Bahia, do Núcleo de Pós-graduação da Escola de Administração da UFBA. O grupo é formado por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e de diferentes instituições públicas de ensino e pesquisa.
Buscamos nos apropriar do conhecimento das inter-relações das dinâmicas socioespaciais (políticas, econômicas, culturais) dos países da América do Sul, especialmente do Brasil, da Bolívia, da Argentina e do Chile, privilegiando a análise histórica, que nos permite captar as especificidades do chamado “subdesenvolvimento”, expressas, claramente, na organização das economias dos diversos povos, nos grupos sociais, no espaço.
Nosso campo de investigação dialoga com os campos da Geopolítica, Geografia Crítica, da Economia Política e da Ecologia Política. Pretendemos compreender as novas cartografias que vêm se desenhando na América do Sul nos dois circuitos da economia postulados por Milton Santos, o circuito inferior e o circuito superior. Construiremos, desse modo, algumas cartografias de ação, inspirados na proposta da socióloga Ana Clara Torres Ribeiro, especialmente dos diversos movimentos sociopolíticos dessa região, das últimas décadas do século XX à contemporaneidade.
Interessa-nos, sobretudo, a compreensão e a visibilidade das diferentes reações e movimentos dos países do Sul à dinâmica hegemônica global, os espaços de cooperação e integração criados, as potencialidades de criação de novos espaços e os seus significados para o fortalecimento da integração e da cooperação entre os países do Sul, do ponto de vista de outros paradigmas de civilização, a partir de uma epistemologia do sul. Através das cartografias de ação, buscamos perceber as antigas e novas formas de organização social e política, bem como os espaços de cooperação SUL-SUL aí gestados. Consideramos a integração e a cooperação Sul-Sul como espaços potenciais da construção de novos caminhos de civilização que superem a violência do desenvolvimento da forma em que ele é postulado e praticado.
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