Enquanto a ONU titubeia, países ocidentais lucram com os ataques orquestrados pela Arábia Saudita
Da Carta Capital, 13 de novembro, 2018
Da Carta Capital, 13 de novembro, 2018
por Patrícia Soares
Wikimedia
A guerra civil no Iêmen, iniciada em 2015, é estimulada pela Arábia Saudita
O Iêmen vive uma catástrofe humanitária com o recrudescimento dos ataques aéreos nos últimos dias. Apesar dos apelos internacionais pelo fim da guerra, Riad segue a bombardear a cidade portuária Al-Hudayda.
No mês de outubro, os ataques ao país deixaram 94 civis mortos. Foram cortadas as vias de abastecimento. Os últimos enfrentamentos deixaram mais de 150 mortos em apenas um dia. Os sauditas também incentivaram milicianos a invadir o país por terra.
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O movimento popular Ansarolá é o principal alvo dos ataques da monarquia saudita, que busca derrotar a resistência popular e reestabelecer um governo simpático a seus interesses. Desde o início da guerra, em março de 2015, o conflito contabiliza 15 mil mortos, entre eles 6,9 mil civis, segundo as Nações Unidas .
A coalizão dos sauditas, mesmo assim, não consegue avançar. Apesar dos milhares de mercenários criminosos e dos sofisticados equipamentos dos invasores, os Utis fazem uma colossal resistência, tem um movimento legítimo, lutam corajosamente e logram vitórias importantes na resistência e nas batalhas.
As potências ocidentais agem de maneira hipócrita. França, Espanha e Inglaterra são alguns dos países que lucram milhões de dólares com o fornecimento de armas aos sauditas e não se importam com os resultados. Nem com o fato de que há 400 mil crianças com desnutrição aguda a viver no inferno que o bilionário negócio de venda de armas proporciona.
Apesar da ONU se declarar indignada com a situação humanitária, não se estabeleceram sanções ao governo saudita pelas violações dos direitos humanos no Iêmen, o país muçulmano mais pobres do mundo árabe. A comunidade internacional deve exigir o fim imediato da agressão saudita ao Iêmen.
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