Do IHU, 24 Outubro 2018
Por CIMI
O Cimi manifesta, inclusive, solidariedade a estes povos pelas ofensas injustas e aos Bispos, membros da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), também agredidos e aviltados covardemente pelo referido candidato.
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) vem à público repudiar toda e qualquer acusação caluniosa e difamatória apresentada pelo candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PLS) contra os povos indígenas do Brasil. O Cimi manifesta, também, solidariedade a estes povos pelas ofensas injustas, que mais uma vez sofrem.
O Cimi reitera solidariedade a todos os Bispos, membros da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), também agredidos e aviltados covardemente pelo referido candidato.
Com base na legislação indigenista vigente no Brasil, o Cimi reforça, inclusive, a afirmativa de que não existe qualquer referência de nenhum dos povos indígenas do Brasil no sentido de almejar se tornar um ‘Estado’ e ou um território independente do Brasil. Ao contrário, há comprovada participação de dezenas de povos indígenas em guerras na defesa das fronteiras do Estado brasileiro.
Confira abaixo a nota de repúdio na íntegra:
Contra o Pai da Mentira
“Conhecerão a Verdade e a Verdade Vos Libertará” (João 8, 32)
O Artigo 20 da Constituição Brasileira define que “as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios” (Inciso XI) e “os recursos minerais, inclusive do subsolo” (Inciso V) “são bens da União”. São, portanto, propriedades do Estado Brasileiro.
O Artigo 06 do Decreto 1775/96 determina que as terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas sejam registradas “em cartório imobiliário da comarca correspondente e na Secretaria de Patrimônio da União do Ministério da Fazenda”.
O Parágrafo 3º. do Artigo 231 da nossa Carta Magna diz que a pesquisa e a lavra de recursos minerais em terras indígenas pode ser realizada desde que autorizada pelo Congresso Nacional e de acordo com lei complementar.
O Parágrafo 4º. do Artigo 231 da Constituição Brasileira estabelece que as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são inalienáveis.
Não existe qualquer referência de nenhum dos povos indígenas do Brasil no sentido de almejar se tornar um ‘Estado’ e ou um território independente do Brasil. Ao contrário, há comprovada participação de dezenas de povos indígenas em guerras na defesa das fronteiras do Estado brasileiro.
O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro é um político tradicional, deputado federal há 28 anos. Recebe salário e benefícios, pagos com recursos públicos, há quase três décadas. É de se supor, portanto, que conheça minimamente o conteúdo da nossa Constituição Federal.
“Existe uma contradição incontornável entre o conteúdo da Constituição Brasileira e da história de nosso país e com as afirmações do candidato Jair Bolsonaro”.
No entanto, em vídeo que circula nas redes sociais e em entrevista recente a veículo comercial de comunicação, dentre outros impropérios, o candidato Jair Bolsonaro afirma que demarcações de terras indígenas atenderiam a interesses de outros países e atentariam contra o interesse nacional. O candidato afirma ainda que haveria risco de povos indígenas formarem Estados independentes do Brasil. Com isso, o candidato tenta colar nos povos indígenas a pecha de pessoas não confiáveis, manipuláveis e traidores do Brasil e dos brasileiros, o que estimula o ódio e a violência de parcela da população brasileira contra esses povos e seus aliados.
Existe uma contradição incontornável entre o conteúdo da Constituição Brasileira e da história de nosso país e com as afirmações do candidato Bolsonaro. Diante disso, perguntamos: quais são as reais motivações do candidato ao proferir tão primárias e evidentes mentiras contra os povos indígenas e seus aliados no Brasil? Não há outra explicação: Bolsonaro objetiva defender interesses privados contra os interesses do Estado e do povo brasileiro.
O Cimi repudia veementemente as caluniosas, difamatórias e maldosas acusações do candidato Jair Bolsonaro contra os povos indígenas do Brasil e manifesta solidariedade a estes pelas ofensas injustas que mais uma vez sofrem.
O Cimi reitera solidariedade a todos os Bispos membros da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB) também agredidos e aviltados covardemente pelo referido candidato.
Por fim, o Cimi manifesta apoio à posição política divulgada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) por meio da Nota “Eleições 2018: Em defesa da democracia e dos nossos direitos”.
Brasília/DF, 23 de outubro de 2018
Conselho Indigenista Missionário – Cimi
Grupo de Pesquisa Sul-Sur
Este grupo se insere numa das linhas de pesquisa do LABMUNDO-BA/NPGA/EA/UFBA, Laboratório de Análise Política Mundial, Bahia, do Núcleo de Pós-graduação da Escola de Administração da UFBA. O grupo é formado por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e de diferentes instituições públicas de ensino e pesquisa.
Buscamos nos apropriar do conhecimento das inter-relações das dinâmicas socioespaciais (políticas, econômicas, culturais) dos países da América do Sul, especialmente do Brasil, da Bolívia, da Argentina e do Chile, privilegiando a análise histórica, que nos permite captar as especificidades do chamado “subdesenvolvimento”, expressas, claramente, na organização das economias dos diversos povos, nos grupos sociais, no espaço.
Nosso campo de investigação dialoga com os campos da Geopolítica, Geografia Crítica, da Economia Política e da Ecologia Política. Pretendemos compreender as novas cartografias que vêm se desenhando na América do Sul nos dois circuitos da economia postulados por Milton Santos, o circuito inferior e o circuito superior. Construiremos, desse modo, algumas cartografias de ação, inspirados na proposta da socióloga Ana Clara Torres Ribeiro, especialmente dos diversos movimentos sociopolíticos dessa região, das últimas décadas do século XX à contemporaneidade.
Interessa-nos, sobretudo, a compreensão e a visibilidade das diferentes reações e movimentos dos países do Sul à dinâmica hegemônica global, os espaços de cooperação e integração criados, as potencialidades de criação de novos espaços e os seus significados para o fortalecimento da integração e da cooperação entre os países do Sul, do ponto de vista de outros paradigmas de civilização, a partir de uma epistemologia do sul. Através das cartografias de ação, buscamos perceber as antigas e novas formas de organização social e política, bem como os espaços de cooperação SUL-SUL aí gestados. Consideramos a integração e a cooperação Sul-Sul como espaços potenciais da construção de novos caminhos de civilização que superem a violência do desenvolvimento da forma em que ele é postulado e praticado.
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