Presidente do Equador se referiu a destituição de Dilma e acusações contra Lula no Brasil, por quem expressou ‘solidariedade, admiração, carinho e gratidão’
Do Opera Mundi, 18 de setembro de 2016
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado (17/09) que a América Latina está enfrentando uma nova Operação Condor, em referência à cooperação entre ditaduras da região entre 1970 e 1980, que desta vez se utiliza do Poder Judiciário para neutralizar políticos de esquerda “que podem vencer eleições, como Lula”.
Em seu programa semanal Enlace Ciudadano, transmitido pela internet desde a sede do governo equatoriano, Correa citou a destituição de Dilma Rousseff da Presidência e as acusações contra o ex-presidente Lula no Brasil e as acusações contra a ex-presidente Cristina Kirchner na Argentina como expressão de uma nova Operação Condor na região.
“Sustento que agora estamos enfrentando outra Operação Condor, mas a América Latina e o mundo inteiro não tolerariam as repressões militares de outrora”, disse o presidente equatoriano. “Agora há ‘congrezasos’, outras formas de desgastar os governos progressistas, fazer com que percam maiorias parlamentares e assim, com qualquer argumento, destituir presidentes, como Dilma Rousseff”. Correa acrescentou que a presidente eleita do Brasil teve mais de 50 milhões de votos e foi destituída por dezenas de senadores “questionados por corrupção”. “São os novos golpes brandos”, afirmou.
“A nova Operação Condor não são somente ‘congrezasos’, mas também ‘cortezasos’, utilizando cortes, juízes e promotores com ambições políticas para bloquear candidatos de esquerda que sabem que vencem eleições, como o querido companheiro Lula da Silva”, afirmou sobre as recentes acusações do MPF (Ministério Público Federal) contra o brasileiro. Ele também citou a situação de Cristina Kirchner na Argentina, investigada em pelo menos três processos que correm na Justiça de seu país, classificando as acusações contra os dois ex-presidentes de “perseguição política”.
Correa expressou “toda nossa solidariedade, admiração, carinho e gratidão” a Lula pelo que fez “pelo Brasil, pela América Latina e pelo mundo”, “a quem agora querem acusar de corrupto e utilizam para isso o Poder Judiciário”.
Recordando a “tristemente célebre” Operação Condor, afirmou que a cooperação entre ditaduras sul-americanas também tinha o objetivo de impedir a ascensão democrática de governos de esquerda na região e pediu que os jovens “não esqueçam a história, não fiquemos neste passado, mas sim aprendamos para não sermos vítimas dos mesmos algozes”.
Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Grupo de Pesquisa Sul-Sur
Este grupo se insere numa das linhas de pesquisa do LABMUNDO-BA/NPGA/EA/UFBA, Laboratório de Análise Política Mundial, Bahia, do Núcleo de Pós-graduação da Escola de Administração da UFBA. O grupo é formado por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e de diferentes instituições públicas de ensino e pesquisa.
Buscamos nos apropriar do conhecimento das inter-relações das dinâmicas socioespaciais (políticas, econômicas, culturais) dos países da América do Sul, especialmente do Brasil, da Bolívia, da Argentina e do Chile, privilegiando a análise histórica, que nos permite captar as especificidades do chamado “subdesenvolvimento”, expressas, claramente, na organização das economias dos diversos povos, nos grupos sociais, no espaço.
Nosso campo de investigação dialoga com os campos da Geopolítica, Geografia Crítica, da Economia Política e da Ecologia Política. Pretendemos compreender as novas cartografias que vêm se desenhando na América do Sul nos dois circuitos da economia postulados por Milton Santos, o circuito inferior e o circuito superior. Construiremos, desse modo, algumas cartografias de ação, inspirados na proposta da socióloga Ana Clara Torres Ribeiro, especialmente dos diversos movimentos sociopolíticos dessa região, das últimas décadas do século XX à contemporaneidade.
Interessa-nos, sobretudo, a compreensão e a visibilidade das diferentes reações e movimentos dos países do Sul à dinâmica hegemônica global, os espaços de cooperação e integração criados, as potencialidades de criação de novos espaços e os seus significados para o fortalecimento da integração e da cooperação entre os países do Sul, do ponto de vista de outros paradigmas de civilização, a partir de uma epistemologia do sul. Através das cartografias de ação, buscamos perceber as antigas e novas formas de organização social e política, bem como os espaços de cooperação SUL-SUL aí gestados. Consideramos a integração e a cooperação Sul-Sul como espaços potenciais da construção de novos caminhos de civilização que superem a violência do desenvolvimento da forma em que ele é postulado e praticado.
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