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foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Do Cimi, 08 de setembro, 2016
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação do Cimi
Tendo como lema “Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata”, as manifestações do Grito dos/das Excluídos(as) de 2016 foram, em grande parte, invisibilizadas pela mídia tradicional e desprezadas pelo governo. Em Brasília, onde o ato reuniu pelo menos 10 mil pessoas, o balanço inicial divulgado por veículos da mídia tradicional contabilizava, conforme contagem da Polícia Militar, apenas “600 pessoas”. O número da PM foi atualizado depois para 2,7 mil pessoas, ainda muito abaixo da realidade.
O ato na capital federal iniciou sua concentração às 9h da manhã, em frente ao Museu Nacional, mas só pôde partir em marcha pela Esplanada dos Ministérios depois que o desfile oficial do Dia da Independência foi encerrado, por volta das 11h e meia. Os manifestantes marcharam durante cerca de uma hora, até o Congresso Nacional, com gritos e cantos de “Fora Temer!” e exigindo respeito à democracia.
Os indígenas e, entre eles, os Guarani Kaiowá, vindos do Mato Grosso do Sul, também marcaram presença em meio à multidão que se manifestou em Brasília.
“Esse novo governo, o Temer, a primeira coisa que ele quer fazer é revogar as terras indígenas. Nós não aceitamos esse governo golpista que está aí, e ele apoia a maior lei que está contra nós, que é a PEC 215”, afirmou ao final do Grito a Guarani Kaiowá Flávia Arino.
Além da preocupação com o risco do governo Temer revogar demarcações de terras indígenas, Flávia destacou os ataques que representam a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 e a tese restritiva do marco temporal, adotada pela segunda turma do Supremo Temporal Federal (STF), que podem inviabilizar o direito constitucional dos povos indígenas a seus territórios tradicionais.
“Estamos aqui por causa dos golpes que nós, indígenas, recebemos desde 1500. Os índios não vão deixar de sofrer golpes enquanto seus direitos não forem reconhecidos”, afirmou o Guarani Kaiowá Adalto Barbosa, que também participou do Grito dos/das Excluídos/as no Distrito Federal.
Em diversas capitais, o Grito dos/das Excluídos/as reuniu milhares de pessoas. Em São Paulo (SP), foram 15 mil, segundo os organizadores; em Belo Horizonte (MG), foram pelo menos 10 mil. Em Salvador (BA), o ato também reuniu cerca de 15 mil pessoas. Houve grandes atos em diversas outras capitais e municípios do interior dos estados, embora ainda sem uma divulgação da estimativa de público.
No Brasil
Proposta Orçamentária da Funai é a menor em 10 anos
Colocar a Funai em estado vegetativo e matá-la por estrangulamento orçamentário é parte da estratégia governo-ruralista no ataque aos direitos indígenas em curso no país. Artigo do Secretário...
Nota pública do Movimento por Verdade, Memória, Justiça e Reparação
Governo Temer nomeou integrantes à Comissão de Anistia ligados ao regime militar
Movimentos sociais e pastorais convocam população para o Grito dos/as Excluídos/as neste dia 7
Em sua 22ª edição, o Grito dos e das Excluídos(as) de 2016 traz o lema “Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata” e será realizado em 24 estados do Brasil.
Em mobilização nacional, movimentos do campo divulgam manifesto
“Estamos mobilizados para defender a democracia, a soberania territorial e alimentar e para impedir qualquer retrocesso de direitos”
Temer quer corte de 30% em área social e mais verba para militares e agronegócio
Os indígenas também terão menos verba para programas de seu interesse no ano que vem, conforme planeja o governo. A “Proteção e Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas” perdeu 14,4%
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação do Cimi
Tendo como lema “Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata”, as manifestações do Grito dos/das Excluídos(as) de 2016 foram, em grande parte, invisibilizadas pela mídia tradicional e desprezadas pelo governo. Em Brasília, onde o ato reuniu pelo menos 10 mil pessoas, o balanço inicial divulgado por veículos da mídia tradicional contabilizava, conforme contagem da Polícia Militar, apenas “600 pessoas”. O número da PM foi atualizado depois para 2,7 mil pessoas, ainda muito abaixo da realidade.
O ato na capital federal iniciou sua concentração às 9h da manhã, em frente ao Museu Nacional, mas só pôde partir em marcha pela Esplanada dos Ministérios depois que o desfile oficial do Dia da Independência foi encerrado, por volta das 11h e meia. Os manifestantes marcharam durante cerca de uma hora, até o Congresso Nacional, com gritos e cantos de “Fora Temer!” e exigindo respeito à democracia.
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Grito dos/as Excluídos/as em Brasília (DF). foto: Tiago Miotto/assessoria de comunicação do Cimi |
Os indígenas e, entre eles, os Guarani Kaiowá, vindos do Mato Grosso do Sul, também marcaram presença em meio à multidão que se manifestou em Brasília.
“Esse novo governo, o Temer, a primeira coisa que ele quer fazer é revogar as terras indígenas. Nós não aceitamos esse governo golpista que está aí, e ele apoia a maior lei que está contra nós, que é a PEC 215”, afirmou ao final do Grito a Guarani Kaiowá Flávia Arino.
Além da preocupação com o risco do governo Temer revogar demarcações de terras indígenas, Flávia destacou os ataques que representam a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 e a tese restritiva do marco temporal, adotada pela segunda turma do Supremo Temporal Federal (STF), que podem inviabilizar o direito constitucional dos povos indígenas a seus territórios tradicionais.
“Estamos aqui por causa dos golpes que nós, indígenas, recebemos desde 1500. Os índios não vão deixar de sofrer golpes enquanto seus direitos não forem reconhecidos”, afirmou o Guarani Kaiowá Adalto Barbosa, que também participou do Grito dos/das Excluídos/as no Distrito Federal.
Em diversas capitais, o Grito dos/das Excluídos/as reuniu milhares de pessoas. Em São Paulo (SP), foram 15 mil, segundo os organizadores; em Belo Horizonte (MG), foram pelo menos 10 mil. Em Salvador (BA), o ato também reuniu cerca de 15 mil pessoas. Houve grandes atos em diversas outras capitais e municípios do interior dos estados, embora ainda sem uma divulgação da estimativa de público.
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Grito dos/as Excluídos/as em Brasília (DF). foto: Tiago Miotto |
No Brasil
Proposta Orçamentária da Funai é a menor em 10 anos
Colocar a Funai em estado vegetativo e matá-la por estrangulamento orçamentário é parte da estratégia governo-ruralista no ataque aos direitos indígenas em curso no país. Artigo do Secretário...
Nota pública do Movimento por Verdade, Memória, Justiça e Reparação
Governo Temer nomeou integrantes à Comissão de Anistia ligados ao regime militar
Movimentos sociais e pastorais convocam população para o Grito dos/as Excluídos/as neste dia 7
Em sua 22ª edição, o Grito dos e das Excluídos(as) de 2016 traz o lema “Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata” e será realizado em 24 estados do Brasil.
Em mobilização nacional, movimentos do campo divulgam manifesto
“Estamos mobilizados para defender a democracia, a soberania territorial e alimentar e para impedir qualquer retrocesso de direitos”
Temer quer corte de 30% em área social e mais verba para militares e agronegócio
Os indígenas também terão menos verba para programas de seu interesse no ano que vem, conforme planeja o governo. A “Proteção e Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas” perdeu 14,4%
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