51 pessoas vindas de diferentes regiões do Brasil participaram do curso intensivo e, durante três semanas, ocuparam o ambiente do Centro de Formação Vicente Cañas, onde partilharam também seu tempo e seu espaço com movimentos sociais, delegações indígenas, missionários e trabalhadores que igualmente utilizam a chácara localizada a cerca de quarenta quilômetros do centro de Brasília.
Do Cimi, 03 de agosto, 2016
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação - Cimi
Num período curto, se comparado à profundidade e à variedade das discussões propostas, a grade curricular do curso – que incluiu seis disciplinas ministradas por seis professores e professoras diferentes – buscou articular uma ampla gama de saberes teóricos e práticos sobre a realidade atual, as histórias e as culturas dos povos indígenas, que acabaram sendo complementados pelas vivências e pelos questionamentos trazidos pelas e pelos cursistas.
A lista de disciplinas incluiu “História e Resistência Indígena”, ministrada pelo professor da Unila e coordenador do curso, Clovis Brighenti; “Antropologia Indígena: marcos conceituais referentes à diversidade sociocultural”, ministrada pela coordenadora do Regional Norte I do Cimi e doutora em antropologia, Adriana Huber Azevedo; “Terra, Território e Territorialidade e sua relação com práticas e saberes ambientais”, ministrada por Saulo Feitosa, ex-secretário executivo do Cimi e professor do curso de medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); “Direitos Indígenas: legislação e mobilização política dos Povos Indígenas”, com a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutora em direito constitucional, Rosane Lacerda; “Os projetos de Bem viver como crítica radical ao Capitalismo”, sob coordenação do assessor teológico do Cimi e professor do Instituto São Paulo de Ensino Superior (Itesp), Paulo Suess; e “Conjuntura Político Indigenista, espaços de controle social e protagonismo indígena”, ministrada pelo secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto.
Um dos objetivos do curso, ainda em sua primeira edição, é contribuir para a aplicação qualificada da lei federal nº 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena e afro-brasileira nas escolas do país.
Ainda que voltado prioritariamente a professores(as), pedagogos(as) e agentes de movimentos e pastorais sociais, a primeira turma do curso reuniu também jovens indígenas, estudantes, ativistas e profissionais de áreas diversas, como biologia, arqueologia e administração, entre outras.
“O curso superou as expectativas que eu tinha, foi muito interessante, muito solidário, o espaço foi construído de uma forma muito harmônica e humana entre a gente e na nossa relação com os professores e professoras”, afirma Marcel Farah, educador popular da Rede de Educação Cidadã (RECID) em Brasília (DF) e participante do curso promovido pelo Cimi e pela Unila.
Nas aulas, discutiu-se a história, sempre complexa, do contato estabelecido pelos colonizadores europeus com os povos indígenas deste continente, cinco séculos atrás, e os reflexos atuais de uma política colonial baseada na dominação, na exploração, no extermínio e na negação da alteridade dos povos originários.
A diversidade de povos, línguas nativas e formas de ser e estar no mundo existentes apenas no território brasileiro contemporâneo – são cerca de 900 mil pessoas de 305 povos diferentes e falantes de 274 línguas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – suscitaram debates sobre o quanto a sociedade brasileira ainda desconhece os povos indígenas que hoje vivem e resistem no país.
Enquanto os povos originários enfrentam, ao lado de quilombolas e comunidades tradicionais, o que muitos consideram a maior ofensiva contra seus direitos no Brasil desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, discutiu-se no curso a gênese desses direitos e a busca incessante do Estado brasileiro pela violenta “integração” dos povos indígenas a projetos nacionais e econômicos que desrespeitam sua diversidade e sua autonomia.
Ao passo que as ofensivas contrárias aos direitos dos povos indígenas avançam, estes criam novas ferramentas e formas de resistência, também abordadas nos debates sobre direito internacional e os desafios e limitações das recentes constituições plurinacionais da Bolívia e do Equador.
“Só temos a agradecer. O curso foi além do que estávamos imaginando”, afirma Marline Dassoler Buzatto, missionária do Cimi e membra do Coletivo Nacional de Formação da entidade. Ao término de cada disciplina e ao final do curso, momentos de avaliação coletiva abriram espaço para as sugestões e críticas das e dos participantes, para que futuras edições possam ser aprimoradas. “Acolhemos com muito carinho todas as sugestões feitas, que vão servir para seguirmos e ajustarmos os nossos caminhos. Cada palavra que vocês trouxeram para a gente, nesses dias de convivência, foi muito importante”, conclui Marline.
Fora do horário das aulas, o contato com delegações e comunidades indígenas e movimentos sociais, como o Movimento dos Pequenos Agriultores (MPA) e o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), complementou a experiência dos debates e provocou a sugestão de que, em próximas edições, tenha-se mais momentos de troca junto a comunidades e lideranças indígenas.
Estudantes conversam com indígenas do Vale do rio Juruena, que estiveram em Brasília para denunciar os impactos das hidrelétricas e do desmatamento em seus territórios.
“O conteúdo nos instrumentaliza, mas o contato direto é o que nos motiva e nos afeta, essa pedagogia da afetividade. Quanto mais afetados estivermos, mais vamos conseguir mover”, afirma Ellen Krohn, antropóloga, também de Brasília (DF).
“Foi interessante a forma como o grupo se sintonizou, mesmo vindo de diferentes experiências, diferentes perspectivas, diferentes trabalhos e regiões. Acho que isso tem a ver com a temática, porque quem tem compromisso com os povos vai criando afinidades. É importante a universidade estar aberta a esta proposta, não só como projeto de um professor ou grupo de professores, mas enquanto universidade. A Unila atua nesta perspectiva continental da América Latina e de diversidade dos povos, e esse curso só é possível em função dessa postura”, afirma o coordenador do curso, Clovis Brighenti.
“O fundamental deste momento é a gente se questionar sobre as nossas práticas, certezas e convicções. Acho que a temática e a convivência com os povos indígenas nos fazem pensar um pouco sobre isso, desconstruir a ideia de que nós temos a verdade”, complementa Clovis, ponderando que, numa próxima edição, o curso pode vir a ser oferecido também como pós-graduação lato sensu para as pessoas que já tiverem concluído a graduação. A perspectiva da extensão, entretanto, seguiria mantida, para contemplar também as pessoas sem ensino superior completo.
Outra contribuição do curso, na análise do professor Saulo Feitosa, foi abrir espaço para a discussão acerca da decolonialidade, matriz de pensamento cuja expressividade vem crescendo na América Latina. “Existe um tipo de racismo epistêmico, que se caracteriza pela imposição de um único tipo de saber como legítimo. É preciso eliminar essa lógica hierárquica com a qual a academia trabalha, onde primeiro vem o saber produzido pelo norte, pelo ocidente, e só depois vem o saber popular, produzido pelos povos, e na qual os saberes indígenas ainda são vistos como primitivos, atrasados, menores. Isso, claro, não diz respeito somente à academia, mas às estruturas de poder. É necessário que os vários saberes dialoguem no mesmo grau e importância, numa troca intercultural, interepistêmica e pluriversal”, afirma Saulo.
Finda a etapa presencial, agora as e os estudantes irão elaborar, sob a orientação à distância de um professor ou professora, artigos acadêmicos ou projetos voltados à aplicação dos conteúdos estudados durante o curso em seus contextos específicos de atuação.
Os dias de intensa discussão sobre conceitos como alteridade, diferença, autonomia, etnocentrismo, plurinacionalidade, colonialidade e territorialidade intercalaram-se com momentos de cantos, contos, poesias, histórias e relatos de resistência e de esperança, além das constantes provocações sobre o presente e o futuro a partir do princípio do bem viver.
“Foi de um enriquecimento enorme. O conteúdo me enriqueceu muito. Claro que houve esse lado mais objetivo e teórico, mas a experiência foi além disso, pois aprendi com cada um, esse lado mais subjetivo foi também importante, uma grande entrega. Além de tudo foi um reconstruir e resgate de identidade, um aprendizado que me transformou e completou”, resumiu Isanda Canjão, antropóloga de São Luís (MA).
Texto e fotos: Tiago Miotto/assessoria de comunicação do Cimi
No Brasil
Manual mostra os caminhos para se utilizar instrumentos internacionais na defesa dos direitos indígenas
O Manual para Defender os Direitos dos Povos Indígenas trata dos instrumentos e mecanismos internacionais de proteção dos direitos dos povos indígenas, ainda são pouco difundidos
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação - Cimi
Num período curto, se comparado à profundidade e à variedade das discussões propostas, a grade curricular do curso – que incluiu seis disciplinas ministradas por seis professores e professoras diferentes – buscou articular uma ampla gama de saberes teóricos e práticos sobre a realidade atual, as histórias e as culturas dos povos indígenas, que acabaram sendo complementados pelas vivências e pelos questionamentos trazidos pelas e pelos cursistas.
A lista de disciplinas incluiu “História e Resistência Indígena”, ministrada pelo professor da Unila e coordenador do curso, Clovis Brighenti; “Antropologia Indígena: marcos conceituais referentes à diversidade sociocultural”, ministrada pela coordenadora do Regional Norte I do Cimi e doutora em antropologia, Adriana Huber Azevedo; “Terra, Território e Territorialidade e sua relação com práticas e saberes ambientais”, ministrada por Saulo Feitosa, ex-secretário executivo do Cimi e professor do curso de medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); “Direitos Indígenas: legislação e mobilização política dos Povos Indígenas”, com a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutora em direito constitucional, Rosane Lacerda; “Os projetos de Bem viver como crítica radical ao Capitalismo”, sob coordenação do assessor teológico do Cimi e professor do Instituto São Paulo de Ensino Superior (Itesp), Paulo Suess; e “Conjuntura Político Indigenista, espaços de controle social e protagonismo indígena”, ministrada pelo secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto.
Um dos objetivos do curso, ainda em sua primeira edição, é contribuir para a aplicação qualificada da lei federal nº 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena e afro-brasileira nas escolas do país.
Ainda que voltado prioritariamente a professores(as), pedagogos(as) e agentes de movimentos e pastorais sociais, a primeira turma do curso reuniu também jovens indígenas, estudantes, ativistas e profissionais de áreas diversas, como biologia, arqueologia e administração, entre outras.
“O curso superou as expectativas que eu tinha, foi muito interessante, muito solidário, o espaço foi construído de uma forma muito harmônica e humana entre a gente e na nossa relação com os professores e professoras”, afirma Marcel Farah, educador popular da Rede de Educação Cidadã (RECID) em Brasília (DF) e participante do curso promovido pelo Cimi e pela Unila.
Nas aulas, discutiu-se a história, sempre complexa, do contato estabelecido pelos colonizadores europeus com os povos indígenas deste continente, cinco séculos atrás, e os reflexos atuais de uma política colonial baseada na dominação, na exploração, no extermínio e na negação da alteridade dos povos originários.
A diversidade de povos, línguas nativas e formas de ser e estar no mundo existentes apenas no território brasileiro contemporâneo – são cerca de 900 mil pessoas de 305 povos diferentes e falantes de 274 línguas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – suscitaram debates sobre o quanto a sociedade brasileira ainda desconhece os povos indígenas que hoje vivem e resistem no país.
Enquanto os povos originários enfrentam, ao lado de quilombolas e comunidades tradicionais, o que muitos consideram a maior ofensiva contra seus direitos no Brasil desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, discutiu-se no curso a gênese desses direitos e a busca incessante do Estado brasileiro pela violenta “integração” dos povos indígenas a projetos nacionais e econômicos que desrespeitam sua diversidade e sua autonomia.
Ao passo que as ofensivas contrárias aos direitos dos povos indígenas avançam, estes criam novas ferramentas e formas de resistência, também abordadas nos debates sobre direito internacional e os desafios e limitações das recentes constituições plurinacionais da Bolívia e do Equador.
“Só temos a agradecer. O curso foi além do que estávamos imaginando”, afirma Marline Dassoler Buzatto, missionária do Cimi e membra do Coletivo Nacional de Formação da entidade. Ao término de cada disciplina e ao final do curso, momentos de avaliação coletiva abriram espaço para as sugestões e críticas das e dos participantes, para que futuras edições possam ser aprimoradas. “Acolhemos com muito carinho todas as sugestões feitas, que vão servir para seguirmos e ajustarmos os nossos caminhos. Cada palavra que vocês trouxeram para a gente, nesses dias de convivência, foi muito importante”, conclui Marline.
Fora do horário das aulas, o contato com delegações e comunidades indígenas e movimentos sociais, como o Movimento dos Pequenos Agriultores (MPA) e o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), complementou a experiência dos debates e provocou a sugestão de que, em próximas edições, tenha-se mais momentos de troca junto a comunidades e lideranças indígenas.
Estudantes conversam com indígenas do Vale do rio Juruena, que estiveram em Brasília para denunciar os impactos das hidrelétricas e do desmatamento em seus territórios.
“O conteúdo nos instrumentaliza, mas o contato direto é o que nos motiva e nos afeta, essa pedagogia da afetividade. Quanto mais afetados estivermos, mais vamos conseguir mover”, afirma Ellen Krohn, antropóloga, também de Brasília (DF).
“Foi interessante a forma como o grupo se sintonizou, mesmo vindo de diferentes experiências, diferentes perspectivas, diferentes trabalhos e regiões. Acho que isso tem a ver com a temática, porque quem tem compromisso com os povos vai criando afinidades. É importante a universidade estar aberta a esta proposta, não só como projeto de um professor ou grupo de professores, mas enquanto universidade. A Unila atua nesta perspectiva continental da América Latina e de diversidade dos povos, e esse curso só é possível em função dessa postura”, afirma o coordenador do curso, Clovis Brighenti.
“O fundamental deste momento é a gente se questionar sobre as nossas práticas, certezas e convicções. Acho que a temática e a convivência com os povos indígenas nos fazem pensar um pouco sobre isso, desconstruir a ideia de que nós temos a verdade”, complementa Clovis, ponderando que, numa próxima edição, o curso pode vir a ser oferecido também como pós-graduação lato sensu para as pessoas que já tiverem concluído a graduação. A perspectiva da extensão, entretanto, seguiria mantida, para contemplar também as pessoas sem ensino superior completo.
Outra contribuição do curso, na análise do professor Saulo Feitosa, foi abrir espaço para a discussão acerca da decolonialidade, matriz de pensamento cuja expressividade vem crescendo na América Latina. “Existe um tipo de racismo epistêmico, que se caracteriza pela imposição de um único tipo de saber como legítimo. É preciso eliminar essa lógica hierárquica com a qual a academia trabalha, onde primeiro vem o saber produzido pelo norte, pelo ocidente, e só depois vem o saber popular, produzido pelos povos, e na qual os saberes indígenas ainda são vistos como primitivos, atrasados, menores. Isso, claro, não diz respeito somente à academia, mas às estruturas de poder. É necessário que os vários saberes dialoguem no mesmo grau e importância, numa troca intercultural, interepistêmica e pluriversal”, afirma Saulo.
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